MATÉRIAS

Sergio Serra: reconexão sem fio

Guitarrista criativo e de sensibilidade à flor da pele. Esse é Sergio Serra, um cara que costuma registrar abordagens sempre intensas. Está na lista dos grandes do Brasil.

Seu nome ganhou expressão quando integrou o Ultraje a Rigor. Fez parte da era clássica da banda, nos anos 1980, e ainda reocupou o posto por mais algum tempo nos anos 2000. Mas a lista de trabalhos de sua biografia vai embora: Barão Vermelho, Leo Jaime, Lobão, Legião Urbana, Cássia Eller, Hanoi Hanoi…

Hoje, perto de se tornar um sessentão, o músico carioca busca retomar as atividades após um período de quase total reclusão. O atual milênio tem sido desafiador para Serginho.

Labirinto abissal

“Sempre quis fazer minha carreira solo, ter composições com letras minhas e de parceiros. Meu estilo não tinha nada a ver com o Ultraje. Quando saí da banda, em 2008, gravei Labirinto Vertical, meu primeiro disco solo. Procurei o Paulo Junqueiro, que na época era diretor da EMI. Ele foi meu padrinho de casamento, é uma pessoa querida. Ouvíamos o disco e na terceira ou quarta faixa, comentou:

– Não sabia que você era um romântico.
– Ah, é assim que você está entendendo? É! Sou, sim. São canções de amor.

Continuamos ouvindo, e ele foi pontuando sempre com elogios. Quando acabou:

– Sergio Serra, é lindo seu disco! Agora, eu queria dizer uma coisa: não sou profeta. Fique à vontade para levá-lo nas outras gravadoras, mas ninguém vai querer.

Isso foi em 2009, acreditava muito que seria contratado. Uma crença já ultrapassada. Não me informei como estavam as coisas. O Paulo até perguntou se eu ouvia rádio, o que estava tocando, e falei que não.

– Pois é! Seu trabalho tem conexões com o do Frejat e o do Lulu pop. E essas pessoas não vendem mais CDs. Não posso contratar essas pessoas porque tenho que prestar contas à rainha [alusão à EMI ser uma gravadora inglesa].

Foi um baque! Sou péssimo ator. Fiquei visivelmente chateado.

– Eu não podia deixar de ser sincero com você – disse-me.

Então, saímos e fomos ver um show. Eu estava arrasado.”

Sergio Serra não digeriu bem o baque e se mudou para Teresópolis, ainda em 2009. Na cidade serrana fluminense, onde havia passado a infância, entrou em um processo de desaceleração e desinteresse geral.

“Eu estava com vários problemas pessoais. Tinha voltado a beber, pra falar a verdade. Fiquei bebendo por um tempo – e não posso beber”, conta antes de celebrar.

“Mas já não bebo há cinco anos. Parei no dia 1º de junho de 2018. O Sergio que está falando contigo também está fazendo uma reformulação de pensamento, mudança de crenças. Quando você bebe, fica muito tempo no negativo. Agora percebi que preciso desprogramar isso. Você vive muita coisa pesada, até o sucesso do Ultraje foi um caos na minha vida. Agora estou procurando ver lados mais felizes.

Perdi o foco. Não corri atrás de divulgar o Labirinto Vertical, e foram acontecendo coisas. Passei 14 anos ficando e tocando em Teresópolis, sem investir em meu trabalho. Também usava canabis, que me trazia inspiração, mas estava sem foco algum nem para minha vida pessoal.”

Planos horizontais

A ideia com Labirinto Vertical era a de recuperação de identidade. Sergio Serra quis apresentar facetas distantes das que o público conhece, bastante linkadas com o Ultraje a Rigor. “Acho um disco muito bom. Só uma faixa é porrada, Você Não Entendeu – não me identifico mais comigo gritando como estou nessa música.”

Em 2011, ele gravou um segundo álbum solo, produzido por Klebs Cavalcanti. Sonhando com Drummond conta com Frejat, Otávio Rocha e outros convidados. Embora seja um repertório robusto, o guitarrista também implica com os vocais. “Não gosto como canto nesse álbum. Não canto mais daquele jeito. Pra mim, ficou datado.”

A exceção é sua parceria com Ronaldo Bastos, Das Crianças Que Encontro na Estrada. A música ganhou nova versão recentemente e deve vir à tona como single. “Estou com vários planos. Tenho material bom para dois discos de dez faixas”, garante.

Sanduíche de ricota na praia

A ligação de Sergio Serra com a música vem da infância. Em 1974, saiu o primeiro número da revista Rock, a História e a Glória, com os Rolling Stones na capa. Ao ler a publicação, decidiu que seria músico. Em 1975, aos dez anos, já tocava bateria.

“Imaginava: quando crescer, vou tomar drogas que nem o Keith Richards, terei um romance com uma mulher linda que me abandonará e gravarei Layla, o disco duplo de amor não correspondido do Eric Clapton.”

Os planos mudaram depois de uma ambiciosa visão infantil: “Ouvindo as jams do All Things Must Pass, do George Harrison, me imaginei no palco e pensei: caramba, se eu ficar lá atrás ninguém vai me ver. Então, não vou tocar bateria. Vou tocar guitarra, pra ficar na frente e ser visto [risos]. Estava querendo ser visto”.

Poucos anos depois, em um jantar na casa do Manuel “Manolo” Camero (Tapecar), com quem seu pai trabalhava, surge um diálogo decisivo. Quando Manolo lhe perguntou o que seria quando crescesse, Sergio respondeu que músico. “Meu pai disse que músico tem que estudar, e eu rebati que para tudo tem que estudar. Depois, o Manolo perguntou:

– E se não der certo?

Respondi que venderia sanduíche de ricota na praia. Meu pai se sentiu envergonhado e me deu um puta esporro.”

O guitarrista fez valer sua vontade e os anos mostraram que conseguiu se dar bem. O curioso é que até mesmo o plano B esteve perto de se materializar, décadas depois. O fantasma do vendedor de sanduíche de ricota na praia procurou Sergio Serra após a covid-19 abater o mundo.

“Quis abandonar a música, acho que pela falta de grana que a pandemia me colocou. Fiquei dois anos sem tocar. Não sei o que me deu. Perdi o tesão. Foi bem complicado para mim.”

Barão Vermelho

O baixista Dé é uma figura importante na carreira de Sergio Serra. Foi quem o colocou no Barão Vermelho. A banda mal havia lançado seu disco de estreia. Ambos se conheceram por acaso, em um show do Marcos Ariel Quarteto.

Sergio já admirava o grupo e os conhecia mais ou menos de vista por conta da matéria assinada por Ezequiel Neves na revista Som Três.

“Fui ver o Marcos Ariel no Aleph, que era um bar em frente à lagoa Rodrigo de Freitas. Lá encontro o Dé. Começamos a conversar e a tomar chope, tomar chope, tomar chope…

– O negócio é o seguinte: estamos pensando em colocar um segundo guitarrista. Vou te colocar no Barão!
– Tem certeza que vai conseguir?
– Vou! Amanhã ligo para o Frejat e combinamos uma audição. Vai rolar!

No dia seguinte, ele ligou para marcar a audição. Tocamos algumas coisas, e o Frejat falou: ‘É ele, Dé! Você topa tocar com a gente?’; respondi: ‘Claro!’. Começamos a fazer shows. Fizemos muitos antes de estrearmos no Circo Voador o lançamento do primeiro disco. Era dezembro de 1982.

Na verdade, não entrei para o grupo. Fui contratado como músico de apoio para fazer as bases e tinha um momento em que eu solava.”

Esqueceram de mim

A temporada no Barão Vermelho durou pouco, menos de um ano (entre 1982 e 1983). Além de shows, Sergio Serra gravou duas faixas do Barão Vermelho 2: O Que a Gente Quiser e Manhã Sem Sonho, em que faz um solo.

O guitarrista diz que após alguns meses o ambiente tornou-se desfavorável à sua permanência. “Eu não estava mais cabendo ali”, resume. “O Frejat era mais careta e eu já ia na onda do Cazuza: frequentava o Baixo Gávea, ia para a casa dele ler livros… O Cazuza me amava, realmente. A gente se amava. Era uma coisa muito, muito linda. Uma vez, na casa dos pais do Cazuza, ele estava bêbado e começou a provocar o Frejat: ‘Brow, brow, o Sergio Serra é muito mais inteligente que você. Tem muito mais a ver comigo’ – e ele amava o Frejat – ‘O Sergio conhece Jack Kerouac, estamos lendo Mexico City Blues…’ – pensei: o Cazuza vai acabar me tirando dessa banda! [risos].”

A gota d’água veio depois que o Barão se apresentou no programa do Chacrinha sem sua presença, em 1983. “Quando não me vi no Chacrinha, liguei para o Guto e falei: ‘Vocês fizeram o Chacrinha e não me chamaram. Prefiro sair da banda’. O Guto, cinicamente: ‘Tem certeza? Vai sair?’ – já sabendo que iriam me avisar. O Cazuza e o Dé não queriam que eu saísse, mas o Frejat, o Guto e o Mauricio, queriam. Acho que foi assim. Então, poupei esse constrangimento. Saí sem que eles precisassem me despedir.”

Ao que parece, não foi só isso. “Eu tinha uma namorada e ela se apaixonou pelo Frejat. Aí, foi o fim pra mim [gargalha]. Mas nós somos amigos e parceiros até hoje. Continuamos todos muito amigos.”

Cazuza

A relação com Cazuza não começou no Barão Vermelho. Ambos se conheciam da galera que se reunia no Posto 9, em Ipanema. Se aproximaram pra valer na peça Paraquedas do Coração, em que atuavam Cazuza, Bebel Gilberto e outros. “Fui chamado para tocar guitarra no espetáculo”, conta Sergio Serra.

“No Barão, a aproximação ficou maior”, continua. “Líamos poesia juntos, ríamos bastante. Ele se identificava com coisas que eu gostava e eu também, com as coisas dele. Acabamos desenvolvendo uma performance particular nos shows. Interagíamos de um jeito louquíssimo e nos destacávamos por isso.

Mesmo depois de minha saída continuamos a amizade. Nosso amor foi aumentando, até que em uma noitada gerou nossa primeira e única parceria, Vingança Boba. É uma bela canção de amor que ficou meio escondida. Até hoje é uma surpresa para diversos fãs do Barão e do Cazuza.”

O quê de surpresa se deve ao fato de Cazuza nunca a ter gravado oficialmente. Sergio Serra a trouxe à tona em Labirinto Vertical. Porém, o público mais atento já havia tido a chance de ouvi-la na voz de Fafá de Belém, que a lançou com o disco Do Fundo do Meu Coração (1993). Ouça abaixo a demo gravada pelos dois – o título traz o ano de 1982, mas Serginho diz que a parceria veio pós-Barão Vermelho.

“Não era rock. Era meio que uma bossa nova”, conta o guitarrista. “Me lembro do Cazuza improvisando com bastante fluência. Algo realmente especial, lindo de se ver. Ele criava ali, na hora.”

A conexão dos dois quase se materializou em trabalho. Cazuza e Ezequiel Neves procuraram Sergio Serra para sondar a possiblidade de ele fazer parte da banda do vocalista. Porém, era 1987 e o Ultraje a Rigor havia chegado antes.

“Estávamos tomando chope no Baixo Leblon e o Cazuza falou: ‘Você tem que tocar comigo, tem que tocar comigo…’. Lembro do Zeca dizendo ‘Deixa! Será melhor para ele entrar no Ultraje. Terá um espaço maior, será um dos artistas’. Recusei porque já estava comprometido com o Ultraje.”

Apesar disso, nada se abalou entre os dois. “O acompanhei até o fim. Tive a honra e a bênção de ser amigo desse artista superlativo, desse poeta maravilhoso, dessa pessoa linda e esse homem tão corajoso de assumir o que assumiu na época. Ele deixou essa lição: haja o que houver, lutemos pela vida!”

Ultraje a Rigor

A amizade com o pessoal do Ultraje começou na estrada, em meados dos anos 1980, quando Sergio Serra tocava o Leo Jaime – o álbum Sessão da Tarde (1985) é um legado e tanto desse período. De cara ficou próximo do baixista Maurício e do guitarrista Carlinhos. Sempre que o grupo paulista ia ao Rio, os encontrava no hotel para curtirem juntos.

Em 1987, durante as gravações de Sexo!!, o Ultraje se viu sem guitarrista. Carlinhos havia deixado o posto. De certa forma, o nome de Serginho surgiu naturalmente. Seu teste resumiu-se a um solo para Pelado, que não só agradou a todos como o colocou no disco… e em seguida na banda.

Uma vez efetivado, algo lhe chamou a atenção. “O Roger estava traumatizado com o Carlinhos. O Carlinhos comprava um Marshall, o Roger comprava outro… Ele viajou numa competição. Não sei, acho que o Carlinhos estava apenas se equipando porque gostava, e saindo um pouco do contexto.

Lembro de estar ligando uns pedais, em um dos meus primeiros shows com eles, e o Roger falar: ‘Serginho, se eu vir outro pedal aí no próximo show, seremos inimigos mortais’ [risos]. Mas a convivência era ótima!”

A esta matéria, em uma passagem anterior, Sergio Serra disse que o sucesso do Ultraje a Rigor foi um caos em sua vida. Ele se referia à ilusão por trás da glamourização do rock e da vida puxada que o topo impõe aos que se dão bem.

“Quando o show acaba, tem que acabar. Você não pode levar o show para o hotel e depois para sua vida”, explica. “Aquilo foi muito complicado, e eu não era aquilo. Era muito quieto, tímido, mas lá comecei a beber mais. Teve um show no Canecão em que meu tio estava na plateia e depois me disse: ‘Tá bebendo muito, hein, sobrinho?’.

Eles eram pessoas muito engraçadas, foi muito bom. Mas aquilo me prejudicou, porque quando você viaja de ônibus, como viajávamos, não era sensato. Passávamos vinte dias, um mês na estrada. Quando eu voltava para casa, estava na velocidade da estrada. Foi uma confusão, cara, administrar aquilo.

Não sabia muito bem quem eu era ali. Estava sendo muito apreciado, e não via isso. Não entendia que era bem mais famoso do que imaginava. As pessoas me olhavam na rua e eu ficava meio invocado. Sempre fui doce, mas tinha um lado temperamental de ‘pô, todo mundo fica me olhando. Que porra é essa? Não gosto que fiquem me olhando’. Um dia o Maurício falou: ‘A gente é famoso, Serginho!’ [risos].”

As queixas do guitarrista não são em relação à banda, aos integrantes. Têm a ver com sua digestão para tanta intensidade de uma vez só. “Sucesso é complicado, mas foi muito bom. Me projetou para o Brasil como guitarrista. Essa é a maior gratidão que tenho por ter tocado no Ultraje a Rigor, uma das maiores bandas de rock do país.”

Serginho ainda elege: “Crescendo e o primeiro disco solo do Arnaldo Brandão são os melhores trabalhos de guitarra que fiz. No Crescendo, eu estava invocado, viu! Canto em duas músicas.”

Laços de Família

Dessas duas músicas em que Sergio Serra assume os vocais principais no Crescendo, uma virou um hit-B, uma queridinha dos fãs mais chegados: Laços de Família. A letra é intrigante, incômoda. Seria um texto autobiográfico?

“Minha família era uma orquestra desafinada, mas era uma orquestra. Era minha orquestra amada! Nossos pais cometem erros porque também estão aprendendo certas coisas, e tem mil coisas em volta disso. Mas era uma bagunça. Uma bagunça bacana, muitas vezes [risos].”

Desmonte do Ultraje

Em 1990, as coisas andavam estranhas no Ultraje a Rigor. Para o guitarrista, o gatilho disso tudo foi a saída do Maurício, em 1989, a baixa mais complicada. “Era o grande parceiro do Roger, não só em algumas canções, mas pelo que era. Ele inspirava o Roger. O Maurício era uma figura sensacional, com tiradas ótimas. Ele atendia o telefone e falava: ‘Sexooo!’ – por isso tem Sexo! [o refrão da música]. Foi o Maurício. Havia uma coisa entre os dois. Enfim, eles brigaram, e o Maurício saiu.”

Para alguém que entrou já louco para sair, o momento se fez oportuno. “Queria sair já no final da turnê do Sexo!!. Em 1988 tiramos férias de um ano, segundo o Roger, para não superexpor o grupo. Fiquei um ano fazendo meu trabalho, e ia sair, até que pensei melhor e preferi esperar.”

O desejo adormecido de partir para algo mais alinhado às suas vontades tornou-se insuportável depois que Serginho passou a aventar uma nova banda com o ex-Barão Vermelho Dé Palmeira.

“Na turnê do Crescendo, e com mudança de integrantes, decidi que não queria mais ficar no Ultraje. Quando o Dé saiu do Barão, foi à minha casa dizer que a gente ia fazer uma banda – e eu adorava essa ideia. Sempre alimentamos isso. Montamos, então, o Telefone Gol e gravamos uma demo. Ficamos superempolgados.

Mostrei a demo ao Roger, que elogiou: ‘Bom demais’. E então comuniquei: ‘Cara, vou sair do Ultraje’ – estávamos em um ônibus eu, o Leôspa, ele e o empresário, voltando de um show. ‘Tô querendo sair do Ultraje para fazer essa banda’. O Roger respondeu:

– Serginho, faz isso. Você tá com quantos anos?
– 24 anos
– Então! Foi a idade que eu montei o Ultraje. Vai lá. Por mim, tranquilo

O Leôspa que deu esporro: ‘Você é um ingrato!’ Sentiu mais.

E aí, saí. Mas o impossível aconteceu: fui chamado para voltar em 2002.

Gol em impedimento

Uma vez fora do Ultraje a Rigor, Sergio Serra deu vida ao Telefone Gol, ao lado de Dé Palmeira. Completaram a formação o guitarrista Nani Dias e o baterista Kadu Menezes.

A perspectiva era ótima por causa da reação positiva de André Midani, presidente da Warner Music, para a primeira demo. Querendo ouvir mais deles, o executivo pediu outra amostra. A gravação saiu, só que desagradou.

“Fizemos às pressas”, explica. “Não tivemos a calma de definir um repertório. Ainda estávamos compondo e encontrando uma sonoridade e uma estética poética.”

A frustração pegou na veia do quarteto, que não passaria de 1992. “O André pediu que continuássemos ensaiando, e assim fizemos. Marcamos alguns shows, nos apresentamos. A banda estava indo bem, mas começaram a surgir problemas internos por conta da imaturidade de todos nós. Éramos quatro caciques, o que acabou implodindo o projeto. Apareceram divergências musicais e pessoais, e ficou claro que não conseguiríamos cumprir o que havíamos prometido na primeira demo. Rapidamente o projeto foi encerrado e eu parti para minha carreira solo.”

Dali Serginho se juntou à Legião Urbana, na época promovendo o álbum V. O guitarrista aparece em faixas da compilação Música p/ Acampamentos. Em seguida, vieram experiências diversas – Lobão, com quem havia gravado o disco Cuidado (1988), Cássia Eller, e por aí vai.

Atualmente, prepara-se para recuperar o ritmo e a rotina na carreira. Otimista, o músico carioca sabe que tem desafios de sobra o aguardando. O mundo, afinal de contas, avançou desde que resolveu se bastar em Teresópolis.

Quem é o Sergio Serra de hoje?

“É o Sergio Serra com 58 anos, cabelos mais brancos, em período de transição, de repaginação mental, emocional e física. O Sergio Serra de agora quer reencontrar o Sergio Serra que interrompeu as atividades em 2009.”